Vitamina D, Onde Andas?

Caro leitor, sabia que os estudos mais recentes feitos em Portugal, revelam que há défice de vitamina D na nossa população?
Pois é, segundo a sábado, o estudo realizado entre 2011 e 2013 pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em colaboração com a Nova Medical School, mais de 60% da população tem uma acentuada deficiência ou níveis inadequados de vitamina D (valores abaixo de 20ng/ml) e que apenas 3.6% da população tem níveis adequados (superior a 30ng/ml).
Factores como a falta de actividade física, obesidade e tabagismo, contribuem para uma maior carência de vitamina D.
Sabe-se também que "há uma ligação entre a deficiência de vitamina D e o aparecimento de doenças como a diabetes, cardiovasculares e maior associação a algumas neoplasias e doenças auto-imunes".

Então e como fazer para obter adequados níveis desta vitamina D?
Em primeiro lugar, deve fazer análises clínicas ao sangue e procurar esse valor.
Se a presença desta vitamina estiver em défice e se o leitor se enquadrar num grupo de risco, ou seja, se o seu quadro clínico contemplar factores de risco que não sejam passíveis de mudança, então os estudos e prática clínica indicam que suplementação deverá ser o mais adequado.
Se a presença desta vitamina estiver em défice mas o leitor é, o que se considera de senso comum, saudável então está na altura de ter um estilo de vida saudável (veja "Os Quatro Pilares") e não apenas ausência de patologias.
Mas antes vamos falar um pouco sobre a vitamina D.

A vitamina D ou Calciferol é obtida da dieta ou através da produção endógena (produção feita pelo próprio organismo) na pele através da acção da luz solar.
Esta vitamina comporta-se, no nosso organismo, muitas vezes como uma hormona esteróide e na alimentação, é obtida através da gordura ou de alimentos fortificados em vitamina D. 
Existem dois esteróides, um deles presente na gordura dos animais e outro nas plantas, que servem como precursores da vitamina D.
A vitamina D3, a sua forma inactiva, existe naturalmente em produtos animais e as fontes mais ricas são os óleos de fígado de peixe. Também são encontradas, mas muito variável e em pequenas quantidades, fontes desta vitamina na gema de ovo e fígado.
A vitamina D é muito estável e não se deteriora quando a comida é aquecida ou armazenada por longos períodos.
Esta vitamina tem importantíssimas funções tais como, regulação dos genes, manutenção da homeostase cálcio-fósforo (importantíssima para expressão dos genes), auxilia a hormona que regula a quantidade de cálcio e fósforo nos ossos/sangue(hormona paratiroideia - PTH) e finalmente, o Calcitriol (forma activa desta vitamina) presente no rim ajuda a reabsorção de cálcio e fósforo que o rim faz.

Estima-se que uma exposição solar modesta da cara, braços e mãos, equivale a cerca de 5mcg de vitamina D e que exposições prolongadas com eritema (vermelhidão na pele que aqui se refere a temporária, claro! e apenas em quantidade para trazer benefícios e não malefícios à saúde), aumenta a concentração plasmática da vitamina D3 tanto como a ingestão diária de 250mcg de vitamina D.
A penetração da luz ultravioleta depende de alguns factores como a quantidade de melanina na pele, o tipo de roupa, o bloqueio dos raios pelos diferentes tipos de vidros, entre outros.
Os estudos indicam que uma exposição solar de 5 a 10 minutos nestas zonas do corpo, duas a três vezes por semana, deveria ser suficiente para fornecer vitamina D em quantidades suficientes mas o facto é que tem surgido um aumento de evidências sobre os baixos níveis de vitamina D em Portugal e mesmo em várias zonas do mundo e por isso o aumento de vitamina D na dieta tem sido recomendado.
Concluindo, saiba como estão os seus níveis de vitamina D, pratique actividade física (de preferência ao sol), coma de tudo um pouco de forma a ter uma variedade de alimentos que garantam TODAS as SUAS NECESSIDADES vitamínicas e seja tenha um ESTILO de VIDA SAUDÁVEL que lhe traga uma SAÚDE de FERRO!😃🌞😉💪


A autora não usa o acordo ortográfico.

Comentários

Mensagens populares